Empresária Maria Angélica Caixeta Gontijo, presa apontada como a suposta mandante da morte do advogado Roberto Zampieri, em dezembro de 2023, em Cuiabá, foi solta na noite de quinta-feira (18), após decisão do juiz João Bosco Soares da Silva, do Núcleo de Inquéritos Policiais (Nipo). Ela vai ser monitorada por tornozeleira eletrônica.
Em conversa com o GD , advogado de defesa de Maria, Eustáquio de Noronha Neto, disse que a liberação de sua cliente ocorreu já que não há provas determinantes que liguem ela ao crime.
"Não há razão para manter uma pessoa inocente presa, não existem provas suficientes para justificar a prisão dela, o atirador aponta outro mandante que é um homem e isso foi determinante para justiça entender que ela não tem nenhuma ligação com o crime", explicou.
Maria Angélica teve o passaporte apreendido e será monitorado por tornozeleira. Segundo sua defesa, assim que sair da Penitenciária Feminina Ana Maria do Couto, em Cuiabá, ela deve retornar a cidade de Patos de Minas (MG), onde mora com o esposo e a filha menor de idade.
"Ela vai ficar monitorada a princípio até o fim da investigação, mas sem a necessidade da prisão, ela vai voltar para cidade dela, seguir sua vida normal sendo monitorada e ficando à disposição da justiça", pontuou.
Investigação
Roberto Zampieri tinha 56 anos e foi assassinado na noite do dia 05 de dezembro, na frente de seu escritório localizado no bairro Bosque da Saúde, na capital. A vítima estava em uma picape Fiat Toro quando foi atingida pelo executor com diversos disparos de arma de fogo. O executor foi preso na cidade de Santa Luzia, região metropolitana de Belo Horizonte (MG).
O mandado de prisão de Antônio Gomes da Silva foi cumprido pela Delegacia de Homicídios da capital mineira em apoio à Polícia Civil de Mato Grosso, que investiga o crime ocorrido contra o advogado. Já a mandante do crime, que segundo a DHPP é Maria Angélica Caixeta Gontijo, foi presa na cidade de Patos de Minas, no sudeste mineiro. No momento da prisão, a investigada estava com uma pistola 9mm, do mesmo calibre que o utilizado no homicídio do advogado.
Por fim, no dia 22, o terceiro envolvido foi preso, sendo identificado como Hedilerson Fialho Martins Barbosa, membro do Exército e instrutor de tiro. Ele é apontado como provável intermediário do crime, sendo responsável por contratar o executor e entregar a arma de fogo.
Polícia aponta ainda que Antônio foi contratado para cometer o crime e recebeu R$ 40 mil. O intermediário despachou uma pistola calibre 9mm, registrada em seu nome, no dia 5 de dezembro, data que Zampieri foi morto.