Jovem morta relatou para amigas que assassino ficou obsessivo

Por Gabriel Duenhas e Yuri Ramires em 19/01/2024 às 09:34:46

Empresário Jorlan Cristiano Ferreira, 44, teria começado a apresentar um comportamento obsessivo logo após os primeiros encontros com Mayla Rafael Martins, 22. Amigas da vítima contaram que eles começaram a sair ainda em dezembro do ano passado e que ela já tinha feito um alerta sobre o comportamento do preso.

Reportagem do GD esteve no velório de Mayla, na capela Santo Antônio, em Várzea Grande. Amigas da vítima se reuniram para pedir Justiça. Rebeca Lopes, que conheceu Mayla há 8 anos, lembrou das mensagens que trocou com ela.

"Ele cometeu essa barbárie contra a minha amiga de forma premeditada, ele assassinou e ocultou o cadáver dela. Eles tinham encontros amorosos desde dezembro, assim que a mulher dele viajou. Ela era levada para a casa da família, tinham encontros semanais", contou.

Rebeca acredita ainda que o acusado quer mudar a versão dos fatos, declarando que sofreu extorsão da vítima e até mesmo foi roubado por ela. "Ele está colocando minha amiga como ladra mesmo depois de morta. Minha amiga não fazia isso, não andava com faca, não roubava. Ele matou porque estava perseguindo ela".

"Ele ia até onde ela trabalhava, falava que não queria que ela ficasse mais na rua. Ele estava com muito ciúme, possessivo mesmo. Ela chegou até comprar uma passagem para ir embora, mas não veio".

Mayla foi assassinada com golpe de faca na casa de Jorlan. Ele enrolou o corpo dela em uma piscina de plástico e jogou em uma lavoura, entre as cidades de Lucas e Sorriso. Empresário foi preso horas depois, após a polícia ser informada sobre a placa do carro por meio de uma foto que a vítima mandou para amiga.

"Ela já sabia que algo podia acontecer por conta das ameaças dele, então, ela tirou a foto da placa", lembrou Rebeca. Mayla morava em Várzea Grande e decidiu ir para Lucas ainda em dezembro. O objetivo era trabalhar, guardar dinheiro, ajudar a família e viajar para a Europa.

Crime

Conforme apurado peloGD , logo após o corpo de Mayla ser encontrado na área de uma fazenda, entre Sorriso e Lucas do Rio Verde, os investigadores foram até a casa da vítima, onde conseguiram informações importantes com uma amiga dela.

Acontece que, horas antes de ser morta, Mayla saiu com o suspeito, no veículo Polo Sedan preto, de um posto de gasolina. Antes de entrar no carro, ela mandou uma foto da placa do carro para a amiga.

Com base na placa, os policiais chegaram até o nome do suspeito, que tem uma hamburgueria em Lucas do Rio Verde. Porém, ele não foi encontrado no primeiro momento. Mas, para a surpresa dos investigadores, o carro dele estava em um lava-jato cerca de 200 metros do comércio. Ele foi abordado ao buscar o veículo.

Abandonou o corpo

Ao ser questionado, confessou ter matado a vítima. Alegou que entrou em luta corporal com Mayla após sofrer uma tentativa de extorsão.

Ao perceber que ela estava morta, enrolou o corpo em uma piscina de plástico, depois colocou no bagageiro do veículo, juntos os pertences dela e saiu pela rodovia sentido Sorriso.

Na área da fazenda, entrou em uma estrada de chão, desligou os faróis e abandonou o corpo. Em seguida, pegou todos os pertences da vítima e jogou no rio.

Na delegacia, além de narrar os fatos, apresentou ainda uma faca, com aproximadamente 20 cm, usada no crime.

Fonte: Gazeta Digital

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