As brigas entre Emanuel Pinheiro (MDB) e Mauro Mendes (União) já se arrastam há anos e a paz parece estar longe de ser selada. Na quinta-feira (18), o governador acusou o prefeito da Capital de "falácias" sobre o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). No começo do mês, o chefe do Executivo municipal disse que "está tudo certo" para que o transporte seja implementado na cidade e busca apoio de emendas do deputado Emanuelzinho, seu filho. Ele estava em Brasília em busca de aporte ao seu projeto.
"Eu vi uma nota que o Ministério das Cidades mandou ontem, não existe nenhum projeto aprovado e muito menos garantia de recurso. Essa falácia do prefeito é mais uma das suas falácias", declarou após evento no Palácio Paiaguás.
O governador usou o momento para dizer que o VLT é uma promessa "que não sairá do papel" e citou outras obras ainda não concluídas pela prefeitura.
"O VLT cuiabano é igualzinho ao restaurante giratório que ele prometeu para os 300 anos [da cidade]", finalizou.
A nota do Ministério das Cidades mencionada por Mendes afirma que os projetos incluídos inclusos no Novo PAC continuam em análise, por isso, a construção do VLT depende de aprovação.
Confira a nota na íntegra
"O projeto de construção do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) em Cuiabá, capital de Mato Grosso, foi apresentado para o Novo PAC.
Todas as propostas apresentadas no Novo PAC ainda estão na fase de análise de enquadramento pelo Ministério das Cidades. Somente depois dessa fase serão anunciados os projetos selecionados. No momento, não há definição de data para o anúncio da seleção dos projetos.
SOBRE O NOVO PAC - O Novo PAC visa apoiar empreendimentos de infraestrutura de transporte de média e alta capacidade (metrô, trem, VLT e BRT) e projetos de infraestrutura de prioridade ao transporte coletivo (corredores, faixas exclusivas, centros operacionais e sistema de transporte inteligente, terminais e estações), incluindo infraestrutura para ciclistas e pedestres integrados ao projeto de transporte público.
A etapa de apresentação de projetos, lançada no final de 2023, conta com R$ 14,5 bilhões, sendo R$ 6,0 bilhões com recursos do Orçamento Geral da União e R$ 8,5 bilhões com recursos de financiamento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – FGTS.
Foram cadastradas, na Modalidade Grandes e Médias Cidades, 376 propostas".
Fonte: Gazeta Digital