Em entrevista na quinta-feira (9), o governador Mauro Mendes (União) contestou uma fala do ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, que afirmou que, na realidade, é a agricultura familiar a responsável por alimentar o povo brasileiro e não o agronegócio, que tem papel exportador. Mauro afirmou que os animais que produzem as carnes que consumimos são alimentados pelo milho e soja cultivados pelo agro nacional.
Em sessão ordinária dessa quarta-feira (8), deputados estaduais de Mato Grosso aprovaram uma moção de repúdio às falas do ministro.
Na semana passada ele afirmou que "houve uma diminuição da área plantada no Brasil. Importante lembrar que quem bota alimento na mesa do povo brasileiro, de verdade, são as pequenas propriedades, pequenos produtores, agricultura familiar, os assentamentos do MST, que muita gente torce o nariz quando fala, mas é a realidade, e o agro tem seu papel mais exportador, mas é preciso olhar também para a alimentação do nosso país".
Mauro Mendes disse que não tomou conhecimento sobre a fala de Marinho, nem sobre os motivos da Assembleia aprovar a nota de repúdio, porém defendeu o agronegócio mato-grossense, destacando seu papel na alimentação dos brasileiros.
"Falar que o agronegócio brasileiro e mato-grossense não contribui para colocar comida na mesa, quem quer que seja, ministro ou qualquer cidadão que diz isso, mostra completo desconhecimento do que é a cadeia do grande agronegócio brasileiro. É bem verdade que pouquíssimas pessoas comem soja, mas a grande maioria das pessoas come carne, come frango, come porco e esses animais, essas proteínas animais são alimentadas com as proteínas vegetais, com milho, com farelo de soja, com tudo aquilo que é produzido no agronegócio brasileiro".
O governador ainda criticou a postura de antagonizar os lados do setor da agricultura, o que ele avalia ser maléfico ao país.
"O agronegócio vai além de produzir milho, produz algodão, ele produz carne, ele produz uma série de grandes valores nutricionais que são colocados à disposição do Brasil e do mundo. Então, eu acho que reconhecer a importância de todos nesse país e parar de jogar uns contra os outros, seria uma boa medida pra construir um país melhor".
Fonte: Gazeta Digital