Uma das sócias-proprietárias da Creche Criança Feliz confessou ter causado, sem querer, a lesão que matou o pequeno Vicente Camargo, 5 meses, no mês passado. O inquérito que apura o caso foi concluído na sexta-feira (17) e as duas donas, Lohaine Figueiredo e Hanna Figueiredo, foram indiciadas por homicídio culposo (que não há intenção de matar).
Segundo informações da Polícia Civil, em depoimento uma delas confessou em interrogatório que provocou, sem intenção, a lesão na cabeça da criança, que bateu o crânio na quina de uma mesa, o que ocasionou o traumatismo e levou o bebê à morte.
Contudo, apesar de divulgação policial, as investigadas seguem negando a lesão do bebê. Em rede social, elas disseram que é mentira e que o machucado no bebê ocorreu durante a prestação de socorro, não antes.
"Isso foi um acidente. Ele estava desacordado. Ele dormiu e não acordou mais. Ninguém aqui é assassina", diz post publicado em rede social.
Na época dos fatos e até hoje as acusas sustentam que o bebê morreu devido a afogamento com leite.
O caso
A equipe da Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) foi acionada no dia 17 de abril para a liberação do corpo da criança em um hospital particular de Várzea Grande. Os policiais civis foram informados que o bebê foi levado à unidade de saúde pela proprietária da creche e deu entrada na emergência já com a pele arroxeada e com parada cardiorrespiratória. O bebê não respondeu ao socorro prestado e foi a óbito naquela tarde.
A investigação foi conduzida pelo delegado Marlon Luz, que requisitou exames e ouviu testemunhas, além das investigadas.
Exame periciais que atestaram que a criança morreu em decorrência de traumatismo craniano causado por uma pancada na cabeça.
As diligências apontaram ainda que a criança bateu a cabeça na quina de uma móvel de mármore, quando estava no colo de uma das donas do local. A proprietária da creche admitiu a lesão na criança e a investigação apontou que o fato que levou ao óbito foi causado por descuido e inobservância de segurança à criança.
A gestora da creche também foi indiciada. O inquérito concluiu que ela foi omissa em garantir espaços com proteção para resguardar as crianças ali assistidas e também foi negligente no atendimento à criança.
O inquérito segue ao Ministério Público Estadual e Poder Judiciário para prosseguimento dos atos de persecução penal.
Fonte: Gazeta Digital