MEC busca formas de usar inteligência artificial em políticas públicas

Por Onde A Fatos em 19/10/2024 às 19:12:39

Pesquisadores e gestores pĂșblicos debateram esta semana a utilização da inteligĂȘncia artificial e a governança de dados nas polĂ­ticas pĂșblicas da educação. O seminĂĄrio Educação, Governança de Dados e InteligĂȘncia Artificial, promovido pelo Ministério da Educação, buscou apontar alternativas para o gerenciamento de informações que garantem direitos e o uso de dados na tomada de decisões. O evento foi realizado em parceria com a Universidade Federal de Alagoas (UFAL) e o Instituto Federal de BrasĂ­lia (IFB).

Se analisados em tempo real, por exemplo, dados como a frequĂȘncia em aulas podem ser usados para auxiliar uma instituição de ensino a tomar medidas necessĂĄrias para apoiar estudantes, garantindo a permanĂȘncia dos alunos e o acesso à educação.

A diretora de Apoio à Gestão Educacional da Secretaria de Educação BĂĄsica (SEB), Anita Gea Martinez Stefani, afirma que um dos desafios é conseguir documentos como o histórico escolar da educação bĂĄsica para alunos que estudaram em mais de uma instituição, demonstrando a necessidade de atualizar a forma que os dados são tratados na rede de educação como um todo.

"Quando falamos sobre interação e interoperabilidade de dados e conexão das informações, estamos falando sobre fornecer direitos, serviços pĂșblicos que jĂĄ poderiam estar disponĂ­veis, mas que tecnicamente a gente ainda não se organizou para disponibilizar para os cidadãos", ressalta a diretora.

Para lidar com a demanda de atualização dos métodos usados atualmente, foi criado o Gestão Presente, um hub educacional (plataforma de armazenamento e organização de dados). O sistema foi desenvolvido em parceria do MEC e com o NĂșcleo de ExcelĂȘncia em Tecnologias Sociais (NEES/UFAL), para ser um Hub de Dados da Educação BĂĄsica, que armazena informações de estudantes e auxilia nos processos de gestão escolar, como diĂĄrio de classe, matrĂ­cula, entre outros.

O representante da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Vilmar Klemann, também elenca alguns dos desafios enfrentados, como dados incorretos ou incompletos, a leitura e anĂĄlise de dados e falta de profissionais qualificados.

"Geralmente profissionais qualificados não ficam nas redes municipais e infelizmente resulta em uma rotatividade muito alta", lamenta Klemann.

As discussões apontaram como a tecnologia pode ser aplicada não só como recurso educacional, mas como ferramenta de otimização, auxiliando a escola a ser mais eficiente na gestão da educação.

Para ver os debates, acesse o canal do MEC no youtube ou a pĂĄgina do evento.

Fonte: AgĂȘncia Brasil

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