O dicionário define "patriota" como aquele que ama sua pátria e a ela presta serviços. No entanto, alguns parlamentares brasileiros de direita parecem ter se distanciado dessa definição ao adotar uma postura de apoio incondicional ao ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e ao suavizar atitudes da administração americana que afetam diretamente cidadãos brasileiros, algo que, teoricamente, eles deveriam criticar e defender.
Recentemente, o deputado federal Coronel Assis minimizou a situação de dezenas de brasileiros deportados que chegaram ao Brasil com pés e mãos algemados. Para o parlamentar, essa prática não seria um motivo para alarde, alegando que tal conduta é comum e já foi observada em outras ocasiões. Em uma linha semelhante, a deputada Coronel Fernanda também se manifestou, compartilhando uma imagem comparativa que sugeria que o ex-presidente dos EUA, Joe Biden, também havia realizado deportações em massa, reforçando a ideia de que a situação era, de algum modo, "normal" ou justificável.
Em entrevista, o senador Wellington Fagundes (PL) defendeu a deportação de imigrantes ilegais, argumentando que esses indivíduos se tornam um "problema social" para os Estados Unidos, principalmente por chegarem sem qualquer estrutura para se manterem no país. Para ele, a deportação seria uma medida necessária para evitar o agravamento dessa situação.
Segundo as normas do governo americano, os deportados devem viajar algemados, com os objetos retirados assim que a aeronave aterrissar no Brasil. No entanto, o que causou controvérsia foi o fato de que, na sexta-feira, essa norma não foi seguida adequadamente, o que gerou protestos e críticas. A postura dos parlamentares, ao amenizarem as condições desumanas enfrentadas pelos deportados, tem sido vista como um afastamento da defesa dos interesses do povo brasileiro, a quem, como representantes, deveriam proteger e representar de forma mais firme e independente, especialmente quando se trata de abusos praticados por potências estrangeiras.
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