A ministra Vera Lúcia, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foi impedida de entrar em um evento sobre discriminação racial, mesmo após se identificar. O caso ocorreu durante um seminário sobre "prevenção e enfrentamento do assédio e da discriminação".
A Advocacia-Geral da União (AGU), liderada por Jorge Messias, expressou "indignação" em um ofício à presidência do TSE. O documento ressalta a gravidade do incidente, afirmando que ele fere os princípios de respeito aos direitos fundamentais e à igualdade racial.
"Tal repugnante episódio ofende não apenas a dignidade da ministra, mas também os princípios mais elementares de respeito aos direitos fundamentais e à igualdade racial que pautam o nosso Estado Democrático de Direito." escreveu Messias, chefe da AGU.
A Comissão de Ética do TSE esclareceu que o incidente ocorreu no trajeto para o auditório, em uma das portarias do edifício, e que a segurança do prédio é de responsabilidade do condomínio, que também abriga outras instituições.
A ministra Vera Lúcia tem uma longa trajetória na defesa dos direitos humanos e da igualdade racial, tendo atuado em diversas fundações e secretarias ligadas ao tema.
O incidente levanta questões sobre a segurança e o tratamento de autoridades negras em espaços públicos, gerando debates sobre a necessidade de medidas mais eficazes para combater a discriminação.
Episódios como esse servem de alerta para a importância de fortalecer as políticas de igualdade e respeito, especialmente em instituições que deveriam ser exemplares na promoção desses valores. Lamentável que, em pleno 2025, ainda tenhamos que testemunhar cenas de discriminação tão explícitas.
*Reportagem produzida com auxílio de IA