O juiz da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Jean Garcia de Freitas Bezerra, anexou à ação penal um pedido do servidor público Milton Alvez Pedroso, que defende a secretária-adjunta Caroline Campos Dobes Conturbia Neves, denunciada pelo Ministério Público de Mato Grosso no bojo da Operação Espelho, que investiga um esquema para fraudar contratos para vencer licitação na Secretaria de Estado de Saúde (SES).
Em um documento de 10 páginas, o servidor questiona o fato do secretário Gilberto Carvalho não aparecer na investigação policial.
"A SES tem o número zero, o secretário de estado! As autorizações do secretário de estado nos documentos assinados pela Caroline, NÃO VALE NADA?, questionou no documento. Está tudo muito injustificável, desrazoável e desproporcional!!Por que não é citado em momento algum o secretário de estado? E tem mais 7 secretários adjuntos! O que fazem outros 7 secretários adjuntos? Como advogado, como cidadão afirmo que a senhora Caroline precisa de novo depoimento, novas diligências, novas perícias", diz trecho do email.
Milton também acusa a Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor), a Controladoria Geral do Estado (CGE) e o Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) de conluio para tentar incriminar Caroline Dobes. "Como jurista, como colega de serviço da Caroline quase 3 décadas, é que venho pedir que considere estas informações e que se não for rejeitada a denúncia em relação a senhora Caroline, o judiciário está coadunando com uma organização criminosa no estado que ninguém percebeu até agora", diz ao concluir o email.
O servidor alega que Deccor solicitou auditorias exclusivas e sigilosas para a CGE sem que o secretário Gilberto Figueiredo saiba e que foram encaminhados sem anuência de ninguém da saúde.
"Nem o secretário de saúde tem ou teve acesso aos pareces que estão juntados no aditamento da denúncia, que são os pareceres 0028/2023; 0033/2023;0037/2023 e 003/2024. Trabalhos encomendados com viés politico, feito no calada da noite e com o apoio da CGE, órgão sedento pela cabeça da Caroline. A CGE, está tendo e sendo apoiada pelo MP e DECCOR nisto tudo, porque em 2023, a Caroline não concordando com o trabalho de péssima qualidade dos auditores da CGE, levou em juízo a CGE para discutir a qualidade péssima de seus trabalhos", justifica o servidor.
Fonte: Gazeta Digital