Virgínia critica voto de deputados; 'não foi com as esposas deles'

Por Pablo Rodrigo em 12/04/2024 às 09:25:09

A primeira-dama de Mato Grosso, VirgĂ­nia Mendes, criticou o voto dos parlamentares mato-grossenses favorĂĄveis à soltura do deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ). O parlamentar foi preso acusado de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes, em 2018. Votação ocorreu na quarta-feira (10) e mantido o cĂĄrcere.

Para VirgĂ­nia, o posicionamento dos parlamentares demonstra o machismo na sociedade brasileira, jĂĄ que a vĂ­tima do assassinato foi uma mulher. "Não foi com as esposas deles, né? Infelizmente o machismo ainda domina", disse VirgĂ­nia Mendes.

A primeira-dama tem se manifestado nas Ășltimas semanas de forma contundente contra a violĂȘncia doméstica e feminicĂ­dio, cobrando leis mais duras para quem comete esse tipo de crime.

A declaração de VirgĂ­nia é mais uma das inĂșmeras crĂ­ticas que os deputados federais Abilio Brunini (PL), Coronel Assis (União), José Medeiros (PL), e as parlamentares AmĂĄlia Barros (PL) e Coronel Fernanda (PL) vem sofrendo desde o fim da votação na Câmara.

Apenas os deputados Emanuelzinho (MDB), Gisela Simona (União) e Juarez Costa (MDB) votaram para a manutenção da prisão do parlamentar. Ao todo, foram 277 votos favorĂĄveis e 129 contra.

A justificativa dos parlamentares é de que a prisão contra Chiquinho Brazão seria ilegal, jĂĄ que não estaria caracterizado o flagrante. Contudo, na decisão do ministro Alexandre de Moraes, confirmada pela 1ÂȘ Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), aponta o flagrante por obstrução de Justiça. A oposição do governo federal, liderada pelo PL também afirma que a decisão abriria brecha para que outros deputados também sejam presos.

Preso em 24 de março, Brazão foi expulso da União Brasil. A detenção ocorrida no exercĂ­cio do mandato precisava ser referendada pela Casa a que o parlamentar pertence — Câmara ou Senado. Além de Chiquinho Brazão, seu irmão, o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, Domingos Brazão, e o delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe da PolĂ­cia Civil fluminense, também foram presos. A PolĂ­cia Federal ainda cumpriu 12 mandados de busca e apreensão, todos no estado.

Fonte: Gazeta Digital

Comunicar erro

ComentĂĄrios

3