Golpistas que agiam em Mato Grosso, Distrito Federal e Goiás são alvos da Operação Mala Falsa, deflagrada na manhã desta quarta-feira (24), em Cuiabá. A Delegacia Especializada de Estelionato e Outras Fraudes (DEEF) cumpriu 10 ordens judiciais de buscas, prisões, bloqueio de bens e quebra de sigilos bancários e fiscal, em Mineiros, Valparaíso e Alexânia (GO) e Brasília (DF).
Conforme informações da Polícia Civil, a investigação que deu início a Operação Mala Falsa começou em fevereiro deste ano, quando uma mala cheia de novas de R$ 200 falsas foi apreendida na Capital.
A partir da apuração, foram decretadas as prisões preventivas de 3 acusados que já estavam detidos, são eles: Aurino Benjamin de Barros, Francisco Marcelo Renizar e Manoel Ferreira. Além disso, foi determinado o bloqueio de bens e sequestro de R$ 400 mil das contas dos investigados.
De acordo com o delegado Jean Paulo Nascimento, em fevereiro deste ano o grupo investigado foi detido com uma mala, no Hotel Deville Prime, de Cuiabá, com diversos pacotes de notas de R$ 200,00 falsificadas.
Em março deste ano, o mesmo grupo foi preso novamente, quando tentava aplicar um novo golpe contra vítimas de Cuiabá. Na suíte presidencial onde um deles estava hospedado foram encontrados apetrechos para falsificação de dinheiro, onde 4 acusados foram detidos.
Ficha criminal
Aurino Benjamin de Barros é considerado um dos cabeças da associação criminosa, tem inúmeros boletins policiais registrados contra ele e responde a 20 inquéritos policiais. Ostenta alto padrão de vida e continua na reiteração delitiva em vários estados.
Outro investigado, Francisco Marcelo Renizar, também tem diversos antecedentes criminais e prática antiga na atividade criminosa, desde 2015, quando foi preso em flagrante. Tinha medidas restritivas de direito, mas violou as determinações judiciais.
Manoel Ferreira tem registros criminais nas cidades de Rio Verde e Mineiros, em Goiás, e responde a inquérito por associação criminosa, oferecimento de propina e estelionato.
O principal golpe aplicado pelos estelionatários consiste no oferecimento de empréstimos utilizando o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), além de outros investimentos com juros abaixo da média. A solicitação do grupo criminoso às vítimas é que o valor, pago a título de comissão para que fossem intermediados os empréstimos junto ao banco, deveria ser feito em dinheiro em espécie.
Gazeta Digital