Segundo a agência de notícias russa RIA, investigadores encontraram nesta quinta (25) as caixas pretas de um avião de transporte militar russo que caiu em uma região fronteiriça perto da Ucrânia, um dia depois de Moscou ter acusado Kiev de abater a aeronave. O avião transportava 65 prisioneiros de guerra ucranianos, segundo o governo de Moscou.
O avião caiu na região de Belgorod, cidade russa que fica perto da fronteira com a Ucrânia, matando as 74 pessoas a bordo, incluindo os supostos prisioneiros de guerra ucranianos, 6 tripulantes e 3 militares russos.
Vídeos divulgados em redes sociais mostraram o avião caindo em uma região nevada e rural de Belgorod. Houve uma explosão no local quando a atingiu o chão. Ambulâncias e equipes de resgate foram enviadas ao local e trabalharam para extinguir as chamas.
O presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, exigiu uma investigação internacional sobre o episódio, o que desencadeou uma série de acusações entre Kiev e Moscou.
Autoridades russas acusaram a Ucrânia de abater o avião com dois mísseis e disseram que os prisioneiros de guerra se dirigiam para um local em que ocorreria uma troca entre os dois países, mas eles não ofereceram evidência para sua alegação.
Possível troca de prisioneiros
As autoridades ucranianas confirmaram que uma troca de prisioneiros estava prevista para quarta-feira, 24, e que foi cancelada, mas disseram não ter informações sobre quem estava no avião."Não vimos qualquer indicação de que um número tão grande de pessoas estivesse naquele avião, cidadãos ucranianos ou não", disse Dmytro Lubinets, funcionário do governo ucraniano, em um comunicado em rede nacional na quinta-feira.
Kiev apontou que Moscou não pediu que nenhum espaço aéreo específico fosse mantido seguro por um determinado período de tempo, como fez em outros acordos de troca. Sem mencionar o acidente, o Estado-Maior General das Forças Armadas da Ucrânia disse que o país teria como alvo qualquer avião de transporte militar russo que se acreditasse estar entregando mísseis, especialmente perto da fronteira.
Fonte: Gazeta Digital