A empresária Taiza Tosatt Eleoterio da Silva, 28, foi presa na manhã desta quinta-feira (31), ao desembargar no aeroporto de Sinop (500 km ao norte de Cuiabá). Ela é investigada e alvo da Operação Cleópatra, que apura um esquema de pirâmide financeira, que causou prejuízo de R$ 2,5 milhões às vítimas. Além dela, a Delegacia do Consumidor cumpriu buscas contra o ex-policial federal Ricardo Mancinelli Souto Ratola, 45, e o cirurgião-geral Diego Rodrigues Flores, 32.
Segundo informações divulgadas pela polícia, foram cumpridas 6 ordens de busca e apreensão, além de um mandado de prisão preventiva e bloqueios de bens e valores e suspensão de atividades econômicas de empresas nos 4 municípios, sendo eles: Cuiabá, Jaciara, Rondonópolis e Sinop.
Em janeiro deste ano, o GD divulgou que Taiza Tosatt Eleoterio da Silva, proprietária da "DT Investimentos", estava sendo investigada por golpes financeiros. Como a polícia destacou, nas redes sociais, ela se mostrava como pessoa jovem, bonita, bem-sucedida, articulada e especialista em investimentos financeiros.
A empresária foi presa no aeroporto de Sinop, quando desembarcava de uma viagem que fazia para o nordeste brasileiro.
Com argumentos envolventes e com promessas de lucros de 2% a 6% por dia, dependendo do valor investido, a empresária convencia as vítimas a fazerem investimentos de altos valores, superiores a R$ 100 mil iniciais, em ações, entrando em um verdadeiro esquema de pirâmide financeira.
As vítimas recebiam o retorno financeiro nos primeiros meses, sendo incentivados a fazer novos investimentos, porém, após algum tempo, a empresa deixou de pagar os lucros para as vítimas. Ao solicitarem a devolução dos valores investidos, a empresária inventou desculpas até deixar de responder completamente às vítimas.
O ex-policial federal, que foi casado com a investigada, era o gestor de negócios da empresa e o médico atuava como diretor administrativo da empresa, formando um grupo criminoso, que destruiu o planejamento familiar de dezenas de vítimas, inclusive de amigos e familiares dos investigados.
Com base nos elementos apurados nas investigações do inquérito policial instaurado na Delegacia do Consumidor (Decon), o delegado Rogério Ferreira representou pelas ordens judiciais contra os investigados, que foram deferidas pela Justiça e cumpridas na manhã desta quinta-feira.
Uma caminhonete Ford Ranger foi apreendida durante as buscas, além de diversos documentos que serão analisados na continuidade das investigações.
Segundo o delegado da Decon, Rogério Ferreira, até o momento os prejuízos às vítimas chegam à casa dos R$ 2,5 milhões, mas podem ser superior a esse valor, tendo em vista a possibilidade da existência de outras vítimas que não registraram a ocorrência.
Nome da operação
Cleópatra faz referência à principal investigada do esquema de pirâmide financeira, que assim como a rainha do Egito, atraia e exercia grande influência nas pessoas devido a sua beleza, riqueza e boa habilidade comunicativa.
Gazeta Digital