Os advogados, Antônio João Carvalho Junior, Gaylussac Dantas de Araujo, Agnaldo Bezerra Bonfim e o casal de empresários, Cesar Jorge Sechi e Julinere Goulart Bastos, foram identificados como os alvos da Operação Office Crime deflagrada na manhã desta quinta-feira (28), para investigar o assassinato do ex-presidente da OAB MT Renato Nery ocorrido em julho deste ano.
Durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão realizados no escritório JB Advocacia e nos condomínios de luxo Florais Cuiabá, Florais dos Lagos, Terra Selvagem e Golf Club foram apreendidos ouros em barra, munições, notebooks e documentos.
Em Primavera do Leste, no condomínio Cidade Jardim, na casa do casal Cesar Jorge Sechi e Julinere Goulart.
Denúncia
Conforme o GD já havia noticiado, 18 dias antes de morrer, Renato Nery havia ingressado com uma representação disciplinar contra um advogado, denunciando irregularidade em uma disputa judicial de terra com interferência de desembargadores.
Na peça, que mais parecia um desabafo e pedido de socorro, Renato Nery acusa o advogado Antônio João de Carvalho Júnior de agir ilegalmente na disputa judicial por uma terra em Novo São Joaquim (465,2 KM ao Leste de Cuiabá) e em conluio com filhos de desembargadores e magistrados para vencer a disputa judicial pela terra. Para ele, Antônio João seria proprietário de um "escritório do crime" por conta da influência que tem perante o Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT).
O assassinato
Passava das 9h do dia 5 de julho quando a polícia foi acionada, a denúncia era de que um advogado foi baleado na avenida Fernando Corrêa da Costa, uma das mais movimentadas de Cuiabá. Câmeras de segurança ajudaram a entender a dinâmica do crime. Renato Nery chegou na porta do escritório, que fica na esquina entre a avenida e uma rua que liga ao bairro Pico do Amor.
Ele desceu e estava indo em direção da escada, quando foi alvejado pelos disparos e caiu na calçada. Não há informações exatas de quantos disparos atingiram a vítima, mas sabe-se que um dos tiros foi na cabeça. Depois do crime, o suspeito fugiu. Em entrevista à imprensa, o coronel PM Edylson Figueiredo afirmou que se trata de um crime planejado.
"Tem certamente fatos relevantes que motivaram a ação. As forças de Segurança estão empenhadas em buscar os criminosos", disse.
Gazeta Digital