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CASO ZAMPIERI

Bolsonarismo aproximou militares acusados de homicídio e empresária fica fora de indiciamento


Após novo depoimento do coronel do Exército Etevaldo Luiz Cacadini de Vargas, o delegado Nilson Farias afirmou que o preso trouxe elementos novos para a investigação sobre a morte do advogado Roberto Zampieri. Também adiantou que a empresária Maria Angélica Calixto não será indiada pelo crime, pois ainda não há comprovação de ligação ela com os demais criminosos.


Na saída do 44° Batalhão de Infantaria Motorizado, onde o coronel foi interrogado, o delegado afirmou que o "bolsonarismo" uniu Vargas e Hedilerson Fialho Martins Barbosa, membro do Exército e instrutor de tiro.


"Eles próximos devido a uma frente patriótica. Um governo saiu e outro entrou. Eles montaram uma frente para unir os conservadores de todo o Brasil. Barbosa ajudava na criação de vídeos e edição e quem gravava era o coronel", informou o delegado Farias.


Na oitiva, o coronel não confessou o envolvimento com o homicídio do jurista, mas falou sobre o fato e se defendeu.
"Ele participou deste financiamento e os dois executaram. Ele não confessa o crime, porém agora ele acabou falando e utilizando seus argumentos de defesa.


Os dois executores apontam ele e temos também provas técnicas. São delações e provas técnicas. Ele não cita ela ( Maria Angélica). Posso adiantar que ela não vai ser indiciada", disse o delegado na saída na unidade militar.


Investigação
Roberto Zampieri tinha 56 anos e foi assassinado na noite do dia 05 de dezembro, na frente de seu escritório localizado no bairro Bosque da Saúde, na capital. A vítima estava em uma picape Fiat Toro quando foi atingida pelo executor com diversos disparos de arma de fogo. O executor foi preso na cidade de Santa Luzia, região metropolitana de Belo Horizonte (MG).

O mandado de prisão de Antônio Gomes da Silva foi cumprido pela Delegacia de Homicídios da capital mineira em apoio à Polícia Civil de Mato Grosso, que investiga o crime ocorrido contra o advogado. Já a mandante do crime, que segundo a DHPP é Maria Angélica Caixeta Gontijo, foi presa na cidade de Patos de Minas, no sudeste mineiro. No momento da prisão, a investigada estava com uma pistola 9mm, do mesmo calibre que o utilizado no homicídio do advogado.

Por fim, no dia 22, o terceiro envolvido foi preso, sendo identificado como Hedilerson Fialho Martins Barbosa, membro do Exército e instrutor de tiro. Ele é apontado como provável intermediário do crime, sendo responsável por contratar o executor e entregar a arma de fogo.

Polícia aponta ainda que Antônio foi contratado para cometer o crime e recebeu R$ 40 mil. O intermediário despachou uma pistola calibre 9mm, registrada em seu nome, no dia 5 de dezembro, data que Zampieri foi morto.

Coronel do Exército, Etevaldo Luiz Cacadini de Vargas, foi preso nas primeiras horas da manhã de segunda-feira (15), em Belo Horizonte (MG), acusado de ser o mandante da morte do advogado.

Gazeta Digital

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