A deputada federal Gisela Simona (União) afirmou que o presidente da Assembleia Legislativa (ALMT), Eduardo Botelho (União), ainda não tem o seu apoio para a disputa à Prefeitura de Cuiabá neste ano. Segundo ela, haverá uma análise na conduta do parlamentar para definir se seguirão ou não a escolha partidária.
"Acredito que nós vamos observar muito a postura do candidato. Ou seja, como que reage realmente a Cuiabá. Nós temos um projeto muito maior do que nomes, que é a cidade de Cuiabá. Então, dentro desse contexto é avaliar a conduta do candidato. Ver realmente se vai ter esse distanciamento, por exemplo, do [prefeito] Emanuel Pinheiro ou não, o que nos importa muito para saber se será possível apoiar realmente o Botelho ou não", justificou a parlamentar.
A deputada ainda afirmou que já estava no projeto construído para a candidatura do chefe da Casa Civil, Fábio Garcia, preterido pelo governador por conta da candidatura de Botelho, que aglutinou mais apoio que o correligionário. Gisela também não descartou ter um "racha" no União Brasil, onde os apoiadores de Fábio Garcia passem a apoiar outra candidatura de fora do partido.
Para ela, o grupo defende uma mudança brusca na forma de administrar a Capital, como Garcia vem defendendo. A deputada também defendeu que seja possível os filiados do União Brasil não seguirem a legenda por conta da fidelidade partidária, caso sua base eleitoral peça.
"O peso interno do partido é o seguinte: na verdade, cada mandatário, por exemplo, ele tem uma fidelidade com a sua base, com o seu eleitor. Então eu acredito que isso tá na frente [da fidelidade partidária]", defendeu.
"No meu caso especificamente eu posso falar por Gisela. Eu apoiarei um projeto que realmente defende a minha cidade, porque é a minha maior base eleitoral. Eu sou a candidata do União Brasil que mais teve voto em Cuiabá, tirando aí o nosso governador Mauro Mendes. E está muito claro que eu não vou trair a minha base, naquilo que for possível conciliar com os interesses do que a gente entende melhor para Cuiabá vamos aderir, não sendo possível não terá união. Hoje, Botelho não tem meu apoio."
Gisela Simona está no cargo de deputada federal desde junho do ano passado, quando Fábio Garcia assumiu a Casa Civil. Ela chegou ao União Brasil após vencer uma disputa interna para assumir PROS em Mato Grosso. Contudo, nas vésperas das eleições de 2022, abandou a sigla e aderiu ao União.
Atualmente, ela tem uma proximidade muito grande com o deputado federal Abílio Brunini, pré-candidato a prefeito pelo PL. Tanto que em 2020 ela o apoiou no 2º turno das eleições municipais da capital.
Fonte: Gazeta Digital