Áudio entregue à Polícia Civil revelou o suplente de deputado, Valter Mioto, 63, agredindo verbalmente sua então esposa Edilene Claro durante uma discussão. A mulher denunciou o ex-prefeito de Matupá (695 km ao norte de Cuiabá) por violência psicológica e verbal, além de ser impedida de sair de casa, sem a sua permissão, enquanto estiveram juntos. Em uma das brigas do casal, ele a xingou de "vagabunda" e "biscatinha", além de dizer que mantinha outro relacionamento. Em nota, o político disse que a ex o ameaça e tenta extorqui-lo.
Em meio a discussão, no áudio de aproximadamente um minuto, o então casal tratava sobre a relação sexual e, em certo momento, o acusado admite que traía a companheira com outras mulheres mais "novinhas".
"Não funciono pra você. Você sabe disso. Vagabunda, vem querer gozar que a coisa não funciona com você, vagabunda. Funciona com qualquer outra menina, com outra mulher", declarou Valter em áudio divulgado pelo PNB Online.
Em novembro do ano passado, a ex-esposa entrou na Justiça contra Valter pedindo medida protetiva e pagamento de pensão. No processo, ela deixou claro que durante todo o relacionamento, de cerca de 10 anos, sofria violência psicológica, além de ser proibida de sair de casa sem que houvesse a permissão do então esposo.
Ele foi proibido pelo juiz Anderson Clayton, de Peixoto de Azevedo (691 km ao norte de Cuiabá), de chegar perto da residência do casal, de manter contato com a vítima e obrigado a pagar pensão.
Já em janeiro deste ano, a Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) pediu para o Ministério Público Estadual (MPMT) tome providências em relação a Valtinho. O documento foi apresentado pela Procuradora Especial da Procuradoria da Mulher, deputada Janaina Riva (MDB).
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