A prisão do general Walter Braga Netto, ex-homem forte do governo Bolsonaro, reacendeu especulações sobre a possível prisão do ex-presidente, apontado pela Polícia Federal como líder de um golpe para manter-se no poder após a derrota nas eleições de 2022.
No entanto, especialistas afirmam que, até o momento, não há fundamentos legais para a prisão preventiva de Bolsonaro, já que, segundo a legislação brasileira, essa medida só é válida se houver risco de fuga, obstrução das investigações ou cometimento de novos crimes. Embora a prisão de Braga Netto tenha sido justificada por tentativa de interferir nas investigações, não há indícios de que Bolsonaro esteja tomando ações semelhantes, como obstruir provas ou fugir do país.
O advogado João Pedro Pádua e o professor Dieter explicam que, enquanto não surgirem novas evidências, como tentativas de obstrução ou fuga, a prisão preventiva de Bolsonaro não é justificável. O ex-presidente foi indiciado pela PF por seu suposto envolvimento em um plano golpista para impedir a posse de Lula e Alckmin, envolvendo até ameaças de assassinato. Bolsonaro nega as acusações, afirmando que suas discussões com o comando das Forças Armadas estavam dentro dos limites constitucionais.