As relações entre Brasil e Estados Unidos ganharam um novo capítulo com as recentes declarações do presidente Lula e as medidas do presidente Donald Trump sobre tarifas de aço.
Em meio a esse cenário, Lula minimizou a relação pessoal com Trump, afirmando: "Não tem relacionamento, ainda não conversei com ele." No entanto, ele reconheceu a importância dos laços comerciais entre os dois países, dizendo que o Brasil "considera os EUA um país extremamente importante".
O presidente brasileiro destacou o equilíbrio na relação comercial, declarando que "É o único país do mundo que tem superávit com relação ao Brasil". Apesar disso, Lula deixou claro que o Brasil não descartará medidas de retaliação caso necessário.
"Ele fala o que quiser, ele é presidente dos EUA", disse Lula. "Agora, ele não pode fazer o que quiser, porque, se tomar medidas que impactem outros países, sempre haverá uma reação."
A tensão comercial se acentuou com a decisão de Trump, em 10 de fevereiro de 2025, de aumentar em 25% as tarifas sobre importação de aço e alumínio. A justificativa foi a necessidade de "revitalizar a indústria" e "proteger o futuro da manufatura e produção dos EUA".
O Brasil, por sua vez, já aplica uma política semelhante desde junho de 2024. O Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (Camex) impôs uma tarifa de 25% sobre alguns produtos de aço importados, medida que permanece em vigor até maio de 2025 e afeta volumes acima das cotas governamentais.
Em 2024, o então vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, explicou que a medida brasileira atendeu a pedidos da indústria siderúrgica nacional para reduzir a ociosidade do setor. Atualmente, Alckmin defende o diálogo com os norte-americanos para evitar um conflito comercial.
As medidas de Trump e as tarifas aplicadas pelo governo Lula geram incerteza no cenário comercial entre Brasil e EUA. A situação exige atenção considerando a magnitude da relação bilateral e o impacto potencial nas indústrias de ambos os países.
A postura de Lula, apesar de diplomática, indica que o Brasil está preparado para defender seus interesses comerciais e responder a quaisquer medidas protecionistas dos Estados Unidos.
O foco do governo brasileiro parece ser a manutenção do diálogo enquanto se protegem as indústrias nacionais.
A situação entre Lula e Trump é um exemplo da complexidade das relações internacionais e como os temas econômicos podem tensionar laços diplomáticos.
*Reportagem produzida com auxílio de IA