A presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT), Gisela Cardoso, declarou que a Ordem está acompanhando de perto o caso que envolve o assassinato do advogado Renato Nery, ocorrido em julho de 2024, em Cuiabá. Gisela destacou que um dos focos da OAB é investigar se houve vazamento de informações sobre a Operação Office Crime, que resultou na prisão de seis pessoas, incluindo policiais militares, e no cumprimento de mandados de busca e apreensão na última quinta-feira (6).
A operação, deflagrada pela Polícia Civil, visa esclarecer as circunstâncias do homicídio de Renato Nery, com um possível envolvimento de disputas de terra. No entanto, o interesse da OAB-MT vai além da elucidação do crime. Gisela Cardoso ressaltou que a Ordem quer saber se houve vazamento das informações, principalmente devido ao fato de um dos alvos da operação, o sargento Heron Teixeira Pena Vieira, ter viajado para pescar na madrugada do dia do cumprimento dos mandados e só se entregado no dia seguinte.
Outro ponto que fortaleceu os rumores de vazamento foi a exoneração do cabo Wailson Alesandro Medeiros Ramos, responsável pela segurança do governador e preso durante a operação. Gisela afirmou que a OAB busca respostas do Governo do Estado e da Secretaria de Segurança Pública para esclarecer essas questões e garantir que os responsáveis, caso o vazamento tenha ocorrido, sejam devidamente punidos.
A presidente da OAB-MT também lembrou que a morte de Renato Nery é parte de um contexto mais amplo de violência contra advogados, uma realidade que frequentemente envolve riscos devido a disputas e situações ligadas à profissão. Ela reforçou que a Ordem tem trabalhado para implementar mudanças nas normas e na legislação, buscando maior segurança para os profissionais da advocacia.
"Estamos pedindo respostas. A sociedade, a advocacia e a família do Dr. Renato Nery merecem e esperam que este caso seja totalmente esclarecido. A OAB-MT continuará a acompanhar o desenrolar das investigações, exigindo transparência e justiça", afirmou Gisela Cardoso.
A operação, que é a terceira fase da "Operação Office Crime", já resultou em prisões e em uma série de diligências que seguem sendo monitoradas pela OAB-MT, que se compromete a garantir que as motivações do crime sejam completamente elucidadas, trazendo justiça para o advogado e para toda a classe.
Fonte: Gazeta digital