A defesa de Filipe Antonio Brusch pediu conversão da prisão preventiva em domiciliar sob argumento de que o acusado preciso de tratamento de saúde urgente, mas a ministra do Superior Tribunal de Justiça, Maria Thereza de Assis Moura, negou o requerimento. O detento é citado como "braço direito" do Comando Vermelho em Cuiabá, tendo como um de seus "clientes" o fundador da quadrilha no estado, Sandro Louco. Filipe Antonio era estudante de Direito quando foi preso e fazia atendimento de detentos na Penitenciária Central do Estado (PCE).
O acusado está preso desde o ano passado por lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Ele teve outros pedidos de liberdade negados pela Justiça no ano passado e este é o primeiro de 2024.
O advogado do reeducando cita que ele vem reclamando de dores e precisa fazer exames e uma cirurgia, tudo custeado por seu plano de saúde. Para os procedimentos necessários e adequada recuperação, é necessário que deixe o regime fechado.
"Busca a concessão da ordem de ofício para que seja concedido ao paciente a prisão domiciliar, de modo que ele possa submeter-se ao procedimento cirúrgico, com período de convalescença em seu domicílio, haja vista a inexistência de condições no presídio em que está segregado, preventivamente, há quase dois anos", diz a decisão do dia 12 de janeiro.
A magistrada, porém, pondera que o pedido de liberdade já é tratado em outro recurso na mesma instância, sendo necessário aguardar a apreciação deste. Assim, indeferiu o habeas corpus ao detento.
Filipe seria o "braço direito" de Jonas Souza Gonçalves Junior, vulgo "Batman", cumprindo à risca todas as suas determinações extramuros. Ele realizava o recolhimento de dinheiro nos municípios do interior, que são dominados pela facção, mas também contava e distribuía os valores dos lucros.
Gazeta Digital