O governador Mauro Mendes (União) criticou a Câmara de Cuiabá por, na avaliação dele, não fiscalizar as ações da gestão Emanuel Pinheiro (MDB) durante os últimos 7 anos na Capital. Segundo ele, os vereadores evitaram se posicionar durante as operações policiais que ocorreram na administração municipal.
"Não tem como dizer que não foi [omissa], né? Quantos escândalos tiveram na prefeitura? 19 operações policiais. Qual o momento que a câmara se posicionou sobre isso? Alguém viu?", questionou o governador nessa quinta-feira (2) durante coletiva de imprensa.
Para ele, a maioria dos vereadores foi omissa em não fiscalizar os contratos investigados em operações policiais. Porém, reconheceu que alguns foram contra a gestão. "Embora tenha lá alguns vereadores se posicionaram. Parabéns a eles! Mas, muito provavelmente eles [os demais] vão ter o troco agora nas eleições", avaliou.
Mendes ainda compara a Capital com os municípios do interior, dizendo que, enquanto várias cidades vêm se desenvolvendo, Cuiabá está ficando para trás. "Nós precisamos discutir isso, como colocar de novo Cuiabá na rota do desenvolvimento, como fazer dar orgulho, Mato Grosso hoje dá orgulho para os mato-grossenses. Eu escuto isso no Brasil inteiro, eu escuto isso dos mato-grossenses, mas infelizmente não escuto isso dos cuiabanos e principalmente dos mato-grossenses do interior, que criticam a cidade pelo abandono, pela sujeira", completou.
A declaração do chefe do Palácio Paiaguás demonstra que o União Brasil deverá buscar ampliar sua base na Câmara Municipal. Depois da janela eleitoral, a sigla ampliou sua bancada para 4 parlamentares. Além de Michelly Alencar e Cezinha Nascimento, que já estavam na legenda, se filiaram os vereadores Luiz Fernando e Dilemário Alencar.
A presidente municipal do União Brasil, deputada federal Gisela Simona, afirmou recentemente que o partido pretende eleger no mínimo 6 cadeiras das 27 em disputa neste ano.
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