Pelo menos 11 candidatos que disputam as eleições municipais deste ano em Mato Grosso já foram presos. Destes, 3 tentam se eleger prefeito e dois presidentes de Câmara de Vereadores tentam a reeleição. Eles estão envolvidos e foram acusados de homicídios ou tentativa, seja como mandante ou executor, estupro de vulnerável, ligação com facção e organização criminosa, grilagem de terra, obstrução de justiça, entre outros.
Em Rosário Oeste, Mariano Balabam (PSB), foi acusado de tentar matar um trabalhador rural em Lucas do Rio Verde, em 2007. Segundo a vítima em depoimento à Justiça, disse que não aceitou uma oferta de trabalho, e Balabam irritado teria efetuado diversos tiro de espingarda calibre 12 na direção da vítima, mas não conseguiu atingi-lo. Ele foi preso e no local, a polícia encontrou um arsenal de armas ilegais.
O processo prescreveu em 2016. Sobre o assunto, a assessoria do candidato alega que ele teria efetuado os disparos para o alto, diferentemente do que consta nos autos do processo. Outros dois candidatos que também foram presos concorrem em Confresa. Os ex-prefeitos Gaspar Lazari (PSD) e Iron Marques Pereira (PRTB). Lazari foi preso em 2019 pela Policia Federal por obstrução de Justiça.
A investigação aponta que ele tentou sumir com provas e desfazer testemunhos, no inquérito da Operação Tapiraguaia, que revelou desvios de dinheiro público em meio a licitações fraudulentas. Ele ficou dois meses presos. Já Iron Marques foi preso acusado de grilagem de terra em 2015. Ele ficou 4 meses presos. Também já foram presos são os presidentes da Câmaras de Cuiabá, Chico 2000 (PL), e de Rondonópolis, Júnior Mendonça (PT). Chico 2000 ficou 9 dias detidos em 2016. Ele foi acusado de estupro de vulnerável de sua enteada.
O processo foi arquivado poucos meses depois por falta de provas. Ele sempre negou a acusação e classificou a enteada de "problemática". Júnior Mendonça foi preso em 2000, por exercício ilegal da profissão de advogado, no momento em que fazia atendimento a um dos detentos no presídio da cidade. Na ocasião, ele justificou que sua carteira da OAB teria sido furtada, e apresentou um boletim de ocorrência registrado em Rondônia Quem também busca ser eleito vereador em Juscimeira, é Zé Guia (PSD), que foi preso em 2019, por crime que cometeu na década de 1980.
A vítima era pai do ex-deputado federal Valtenir Pereira (MDB). Zé Guia, que é ex-prefeito do município, foi condenado em 2001 e sentenciado em 2004. Nicássio Barbosa (MDB), irmão do deputado Juca do Guaraná (MDB), foi preso sob acusação de mandar matar um suplente de vereador em Cuiabá em 2000. Ele foi preso em 2005. Também neste mês, o vereador de Cuiabá Paulo Henrique (MDB) foi preso por suposta ligação com o Comando Vermelho.
Ele ficou preso 5 dias e conseguiu deixar a prisão. Em Várzea Grande o vereador Pablo Pereira (União) foi preso por um suposto esquema no Departamento de Água e Esgoto (DAE)do município. Ele foi solto 3 dias depois. O ex-prefeito de Várzea Grande Walace Guimarães (MDB) já foi preso por porte ilegal de arma.
Ele disputa uma vaga de vereador. Já os presos pelos atos golpistas de 8 de janeiro também buscam se tornar vereador. São eles: Vanderson Alves Nunes (Novo) em Cuiabá, Antônio Valdenir Caliare (União) em Juína, e Gleidson de Almeida Dias (PL) em Juara.
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