O jornalista Enock Cavalcanti, alvo da operação Fake News deflagrada pela Polícia Civil em Cuiabá, disse que a denúncia feita contra ele, Alexandre Aprá e Marco Polo Pinheiro, o Popó, irmão do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), pode ser relacionada a mais um episódio "truculento" do governador Mauro Mendes contra a imprensa.
"Fake News? Os jornalistas de todo Brasil através da Fenaj e sindicato tem denunciado a postura do governador Mauro Mendes por perseguição aos jornalistas, não está confirmado, mas se confirmar que a denúncia veio dele, seria mais um episódio dessa ação truculenta do governador contra jornalistas do Mato Grosso que exercem seu direito de crítica em uma sociedade civilizada", pontuou na manhã desta terça-feira (6), após deixar a delegacia.
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Enock confirma que imite opiniões criticas em relação ao governador do Estado, como exemplo a destruição do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT), em Várzea Grande, além de denunciar perseguição aos jornalistas.
"O governador como ele não pode ser criticado? Eu acho que pode, sim, eu denuncio e critico o governador por ter destruído o VLT de um bilhão de reais, não só eu, mas muito mato-grossenses, o crítico pela sua ação com os jornalistas e esse é o meu exercício da minha liberdade, da liberdade de imprensa. E se o Mauro Mendes prossegue usando a estrutura policial para perseguir jornalista, eu tenho certeza que a mobilização da sociedade quanto a isso há de ser forte daqui para frente", finalizou.
Desde o ano de 2021, Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Informáticos (DRCI) tem se especializado em investigar jornalistas em Mato Grosso sobre alegação de combater fake news.
Nesta terceira fase da operação, as investigações iniciaram em setembro de 2023, ensejando diligências investigativas e análises técnicas, com representação por 3 mandados de busca e apreensão, que foram deferidos pelas Justiça e cumpridos, nesta terça-feira, junto a outras ordens judiciais no contexto da investigação em andamento.
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