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FALTA D"ÁGUA

Júlio cita "máfia dos caminhões-pipa" e defende privatização do DAE em VG


Em entrevista ao programa Tribuna, da Rádio Vila Real FM 98.3, na manhã desta sexta-feira (1), o deputado estadual Júlio Campos (União) falou sobre a existência de uma "máfia dos caminhões-pipa" em Várzea Grande, que tem prejudicado o abastecimento de água para a população pelo Departamento de Água e Esgoto (DAE). Júlio defende que o órgão seja privatizado para que o problema da falta d"água seja resolvido.


O deputado disse que esteve na inauguração da Estação de Tratamento de Água (ETA) Barra do Pari na semana passada e que na ocasião já tinha comentado que o problema da falta d"água em Várzea Grande não seria resolvido com a nova estação.

"O problema maior de Várzea Grande não é a falta da água, o problema é a rede de distribuição da água para os bairros, a rede é velha, é antiga, não dá conta. Várzea Grande só vai ter uma melhoria de fato ao privatizar o DAE, porque o Departamento de Água e Esgoto de Várzea Grande, que é um órgão municipal, não dá conta do recado, é um órgão já ultrapassado em termos de tecnologia e tem a sabotagem interna".

Júlio afirmou que há grupos de funcionários insatisfeitos com a direção do DAE e propositalmente deixam de liberar o fornecimento de água para determinados bairros por alguns dias.

O parlamentar também explicou que só não houve privatização do DAE, até o momento, porque Várzea Grande estava incluída no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da ex-presidente Dilma Roussef.

"O sistema de abastecimento de água de Várzea Grande estava incluído no PAC da Dilma Rousseff, com possibilidade receber milhões de reais de investimentos do Governo Federal pra água, esgoto de Várzea Grande, esse fato não ocorreu porque o PAC lançado por Dilma Rousseff, logo após assumir o presidente Bolsonaro, foi jogado fora".

Segundo Júlio, pela possibilidade de retorno do PAC agora no governo Lula, há uma esperança do município em ainda receber os recursos e caso o DAE seja privatizado isso não ocorrerá. O deputado, no entanto, acredita que a privatização é a melhor opção.

O deputado ainda apontou a existência de uma "máfia" que tem prejudicado o abastecimento de água à população, que conta com participação de servidores do DAE.

"Até por parte dos donos de caminhões que vendem água. [...] Tem pessoas grandes que têm 3 ou 4 caminhões de vender água. Eles, nos bastidores, cochicham no ouvido do funcionário do DAE, fala "ó, segura aí 2 dias, 3 dias que está aqui uma gorgetinha para você". [...] não sei quem foi a pessoa que comentou comigo no dia da inauguração [da ETA Barra do Pari], falou "essa inauguração não vale nada, enquanto a máfia dos caminhoneiros vendedores de água... não tem jeito, vai continuar este problema". [...] cabe à Prefeitura e à Câmara Municipal investigar isso", afirmou.

Gazeta Digital

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