A vereadora Maysa Leão (Republicanos) acusou o vereador Fellipe Corrêa (PL) de ameaçá-la durante reunião do Colégio de Líderes. Segundo ela, as declarações do parlamentar ocorreram na tentativa de intimidá-la por queixa, na semana passada, dos atrasos do vereador durante as sessões da Câmara. Por falta de parlamentares a reunião foi suspensa.
Maysa afirma que inicialmente não queria dar "palco" ao vereador, mas entendeu que o caso seria uma forma de violência de gênero na política. "Eu fui intimidada de uma forma muito contundente como mulher, que defendo o posicionamento das mulheres em cargos de poder. Eu senti que ao ficar calada seria conivente com essa violência que não foi velada", disse a vereadora nesta terça-feira (23).
"As palavras que ele usou na frente de todos os vereadores foram: não venha falar de mim, não venha me expor, estou te avisando, eu sou um bom amigo, sou um péssimo inimigo", completou.
A vereadora ainda afirmou que o parlamentar a acusou de agredir um vizinho idoso, fato que ela nega e diz que ela e o filho autista é que foram agredidos.
"Então ele usou ali de fake news, ele usou de uma ameaça eh muito escancarada, sem nenhum pudor e é o vereador Felipe Corrêa. Eu não gostaria de dar palco para esse vereador, mas diante de uma ameaça tão clara numa mesa onde todos os colegas estavam sentados, eu como mulher, não posso me furtar desse enfrentamento", justificou.
Apesar da reclamação, Maysa Leão afirmou que não pretende acionar o parlamentar na Comissão de Ética por entender que o caso não seja para cassação por quebra de decoro parlamentar. No entanto, a acredita que os ataques são sintomas do processo eleitoral e que toda vez que criticar a postura do candidato do PL, o deputado federal Abílio Brunini (PL), será "atacada" por seus aliados.
Procurado pelo GD, o parlamentar acusou a vereadora de tentar usá-lo para se beneficiar politicamente e que não fará "o seu jogo". Sobre as declarações, Corrêa afirmou que o debate era sobre quórum e que a parlamentar o usou como exemplo, por ser fumante, e, às vezes, se retira da sessão para fumar.
"Por que ela só usou meu caso como exemplo? E é injusto, porque eu sou o vereador que mais usa a tribuna. Então não tem como eu ser o problema do quórum", justificou.
O parlamentar também acusou Maysa de deturpar as suas declarações. "Ela me atacou de novo e eu disse apenas que eu não seria o velhinho, que ela teve problemas. Apenas isso. Mas eu não tenho ela como inimiga. E nem serei escada política", finalizou.
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